sexta-feira, 28 de agosto de 2009

GRUPOS FOMENTADOS NA XV EDIÇÃO

Grupos contemplados:

Nucleo Bartolomeu
Cia Patética
Elevador do Teatro Panarâmico
Tablado de Arruar
Grupo as Graças
Cia. da revista
Pessoal do Faroeste
La Mínima
Cia Livre
Pia Fraus
Cia São Jorge de Variedades
XPTO
Trupe Artemanha
Grupo Redemunho
Cia Filhos de Olorum- Crespos

Ata da reunião do M27M e Roda do fomento, de 20/08/2009

Reuniram-se no teatro coletivo, às 19h30 para discussão da seguinte pauta:

1- Informe financeiro
2- Balanço do ato unificado de 14/08 na Avenida Paulista
3- Balanço da manifestação de 18/08 sobre o Fomento
4- Informe sobre a reunião do Moreira e Pedro Pires com o Ministro da Cultura
5- Discussão sobre os textos selecionados (“Por uma arte revolucionária independente” e “Direito à literatura”)


1.Devido à chuva, o início da reunião deu-se por volta das 20h15, para que desse tempo que outras pessoas chegassem. A Ludmilla, que daria o informe financeiro, não compareceu, de modo que este ponto foi adiado para a próxima reunião.
2.Tertulina avaliou como positiva a participação do movimento no ato unificado, uma vez que faltou organização e compareceram apenas 07 pessoas. Marília chamou a atenção para que não combinemos uma coisa e façamos outra, pois se existe uma fala do movimento de estar próximo aos movimentos da classe trabalhadora, não existiu neste caso o comparecimento. É preciso estar junto presencialmente, como movimento. Ou então reavaliar. Mas sobretudo construir um discurso político atrelado a ações políticas condizentes.
3.Oswaldo relatou a manifestação pelo fomento no dia 18/08 na praça do Patriarca em frente à prefeitura. Maria do Rosário confirmou que o líder do governo na Câmara, José Police Neto, equivocou-se em relação ao contingenciamento de verba do Fomento ao Teatro. Contudo, decidiu-se manter o encontro, fazendo uma assembléia pública na Praça. Após a concentração, cerca de 50 pessoas foram para a porta da prefeitura, fazendo pressão para que fossem recebidas, a fim de receber explicações a respeito das informações incompatíveis que, semana a semana, nos tem sido passadas. Fomos informados que não havia ninguém que nos pudesse receber, nos sendo sugerido ir para outro lugar, como a secretaria de cultura ou de finanças. Após nova deliberação, permanecemos no local, entendendo que o poder executivo, através do prefeito e seus assessores, deveriam prestar contas de tal inconsistência de informações. O espaço em que estávamos foi fechado com barricadas de ferro, e nos foi informado que poderíamos continuar a manifestação fora daquele espaço (?), e que se continuássemos ali estaríamos “fora da lei”, o que deu a entender uma possibilidade de represália. Permanecemos ainda assim até que o Thiago e a Roberta protocolaram uma cópia da carta do vereador, com uma anotação que solicitava esclarecimentos. Terminamos o ato, aguardando um posicionamento. Até esta quinta-feira, 20/08, o Oswaldo tentou falar algumas vezes com os assessores. Uma nova cópia da carta foi entregue, ao que foi respondido que já está com um assessor do prefeito e que devemos ligar dentro de alguns dias para saber a resposta. Marília falou que a Assembléia foi realizada pelo fato da Prefeitura estar contingenciando dinheiro em diversas áreas, e de que o movimento não deve aceitar que paguemos pela crise, uma vez que as ações governamentais se pautam na lei de responsabilidade fiscal, que trata toda a instância pública pelo viés empresarial, e não do bem estar populacional. Houve um informe de que o prefeito está cortando verbas da limpeza pública pra investir mais em propaganda. O ato não foi pelo descontingenciamento, mas pela construção do movimento. Moreira discordou de Marília, entendendo que a manifestação foi imatura e impensada, afirmando que mobilização é ponto de chegada, não de partida. Mário apresenta um contraponto de que os presentes na manifestação viram o poder da mobilização, e de como estas questões são dinâmicas e que não podemos nos deter em reflexões engessadas esperando sempre para agir.
4.Em sua primeira fala Moreira propôs uma pauta de discussão: Trabalhador. Que bicho é esse? Trabalhador de arte. Que bicho é esse? Que Grupo? Ocupar a Funarte ou a Record? À sua proposta foi colocado que já havia uma pauta para a reunião, a qual estava sendo enviada semanalmente por e-mail. Foi solicitado então que Moreira desse um informe sobre a reunião que ele e o Pedro Pires tiveram no dia anterior (19/08) com o Ministro Juca Ferreira.
a.Moreira e Pedro foram chamados para a reunião com o Ministro, na qual este confirmou que acataria as propostas do M27M, ao passo que solicitava apoio do movimento para aprovação da nova lei.
b. Márcio disse que já sabíamos da posição favorável, e que já estávamos pensando o que faríamos quando fôssemos chamados, e que defendia que não apoiássemos. Com relação à comissão de que Moreira e Pedro faziam parte, esta já tinha sido destituída por não representar o movimento, uma vez que seus integrantes não participavam há muito dos encontros e discussões.
c. Marília falou do grande mal-estar que se instaurou por Moreira e Pires irem como representantes à reunião sem sequer consultar o movimento do qual estão afastados há meses. No caso de Pires, o mal-estar é ainda maior, uma vez que este se retirou do movimento na época da ocupação da Funarte por não concordar; volta logo depois, integrando inclusive a comissão que levou as reivindicações do M27M para o governo. Por não freqüentar os encontros e não participar das discussões, os 2 não estavam a par do atual estágio do movimento, que decidiu recuar muitos passos atrás para discutir uma série de questões de base antes de fechar um posicionamento. Assim sendo, Marília propõe que Moreira e Pedro se retratem por representar o movimento sem a deliberação deste.
d. Moreira entendeu que não havia porque retratar-se, uma vez que foi lá para ouvir apenas, não para propor ou pactuar. Falou que temos que ver qual é nossa luta. O que precisamos é de recurso para trabalhar. Quero dinheiro para organizar a gente de uma certa forma. Há 4 anos atrás paramos de avançar (os grupos) pois somos muito conservadores. Os grupos não conseguiram dizer a que vieram. Não lutamos por políticas públicas (que é o nosso discurso) mas por sobrevivência. Não somos trabalhadores comuns, não geramos mais-valia. Não geramos produto, mas ideologia. A idéia do fomento era estruturar minimamente a produção. Até 2005, a questão político-ideológica era discutida. A partir de 2006, estagnamos. Política pública nete momento é conseguir dinheiro para se organizar num certo sentido.
e. Marcio comentou uma reunião em que o Marco Antonio Rodrigues “batia” no M27M e o Pedro Pires concordava. No seu ponto de vista, esta é uma comissão chapa branca, pragmática e corporativa.
f. Marília entende que o Moreira não agiu de má fé, mas que mesmo para ir só como ouvinte era preciso ter consultado o movimento, estar presente. A comissão retirada pela CPT foi o contrário dos movimentos M27M e Roda do Fomento, instituída em condições extremamente questionáveis. As críticas contra o M27M de partidarismo não se fundaram, ainda que proporcionaram discussões como as atuais.
g. Moreira relata que a comissão surge numa reunião da Roda na Antropofágica. Marcão argumentou que o M27M estava muito pulverizado, e que era hora de fazer uma plenária de unificação dos movimentos.
h. Marcio argumenta que de cada membro da comissão ele houve discursos e justificativas diferentes, ao que Moreira admite que não há entendimento entre estes comissionados.
i. Graça lembrou que a chamada para esta plenária pautava sobre prestação de contas, de modo que a comissão foi desavisadamente instituída.

5. a. Graça: Não é qualquer tipo de arte. Só faz sentido pegar o dinheiro público se for para intervir no meu entorno. Que tipo de arte queremos? Nos enxergamos nesta cidade?
b. Marília: o posicionamento dos artistas enquanto pessoas políticas, a arte que rompe com a cultura é potencialmente revolucionária; pontos para pensar: a mercadorização da arte e a arte em relação à comunicação de massa. O fascismo se tornou em algo mais profundo, arraigado n percepção e atitude das pessoas.
c. Quanto o anti-herói continua enfatizando o herói?
d. enquanto classe artística nunca vamos conseguir revolucionar os modos da arte. A questão do público passa por este pensamento, no sentido de por o público em movimento para a transformação.
e. Moreira: estamos condenados a fazer experiências na contra-mão. Outra arte só em outra sociedade. Embate dos construtivistas com realistas na Rússia. Cuidado para não nos isentarmos como sujeitos históricos e trabalhadores. O objeto artístico se define na relação.
f. Graça: Dentro do capitalismo existem as ilhas (ONGs por exemplo) que podem dar início ao novo.
g. Mario: A necessidade e preparar de antemão neste sistema para a libertação. A arte não revoluciona. Sensibiliza os sujeitos (históricos). Contribui para a percepção desses nichos que tem o caráter emancipatório. Como a nossa arte pode contribuir para esta transformação, sem cair no velho? A arte que se engessa, mesmo em moldes revolucionários pode se revelar mais conservadora que uma que não se auto-denomina revolucionária, mas que se mantém atenta ao seu entorno/realidade.
h. Marcio: Estar preparado para uma nova forma de arte. Mas quando chega o momento os eventos contribuem para a ruptura e emergência de uma nova sociedade (?)
i. Thiago: Citação proposital de Marx no Manifesto, a respeito do escritor em paralelo à questão das políticas públicas.
j. Não vamos discutir o objeto artístico, que pode ser reefinido pelos modos de produção. Nosso espírito de ver: Quando a revolução vier, revolucionar a revolução revolucionada. Exercer a liberdade na arte o quanto possível. Concordância com Iná que o fomento foi um avanço que parou ali. Nosso final não é uma lei. Nosso final é a revolução.
k. Mário: Experimentação não estendida a todos (Anton Weber) dodecafonismo. Crítica do Adorno à Brecht: texto contestador encenado para a burguesia, como pregação para convertidos. Estamos levando esta mensagem para o público que se alimenta dela? Ou para aqueles que compram um discurso como mais um acessório? Se é assim, deixamos de dialogar para idelaizar.
l. Moreira: Entendemos arte como um conceito do iluminismo. Arte já virou mercadoria há muito tempo.

6. Proposta da Marília de produzirmos textos pessoas sobre as discussões, para começarmos a pensar no manifesto do movimento.

7.Próxima reunião: 27/08/2009 (cinco meses de movimento!) às 20h00 no Teatro Coletivo. Encontro com a Iná para continuar a discussão com base no texto “Introdução à literatura brasileira” do Antônio Cândido.

domingo, 23 de agosto de 2009

Ata da reunião do M27M e Roda do Fomento em 13/08/2009

Realizada no Teatro Coletivo, às 19h30, com 22 presentes. Foram discutidas as seguintes pautas:



1. Informe Marcha MST/Ato unificado dos movimentos: Oswaldinho falou a respeito da participação dos grupos Brava Cia, Engenho Teatral, Coletivo Dolores e Cia Estável na Marcha do MST no trecho de chegada à cidade de São Paulo, na segunda-feira, 10/08. Também foi feito o chamamento do M27M para participar do Ato unificado dos movimentos na Avenida Paulista, na sexta-feira, 14/08, a partir das 10h00.
2. Graça informou sobre um Debate com o Ministro da cultura na Folha de São Paulo, o qual seria realizado na quarta-feira, 19/08, na Folha de São Paulo.
3. Fomento: Oswaldinho leu carta enviada a ele do gabinete do líder da Câmara no Governo, Vereador José Pólice Neto, na qual se confirmava a existência de mais de 2 milhões e trezentos mil reais contingenciados da verba destinada ao fomento ao teatro, justificada pela crise econômica mundial. Foi proposto Ato contra o contingenciamento para a terça-feira, 18/08, às 13h00 na Praça do Patriarca. Foram designadas algumas funções, como entrar em contato com cooperados (Graça, Edson e Sidney), compra de materiais para confecção de novas faixas (Ludmila), informes e panfletos (Graça e Marília). Para a confecção das faixas, foi arrecadado dinheiro com os presentes, ficando a cargo da Ludmila cuidar do caixa do movimento daqui por diante. Também foi retomada a avaliação da reunião com a comissão julgadora da 14a edição do fomento, ressaltando a importância de que estas sejam comissões cada vez mais politizadas.
4. Discussão dos textos “Por uma arte revolucionária independente” e “Direito à literatura”.



1. Marília iniciou a discussão lembrando o contexto no qual o manifesto foi escrito (necessidade dos artistas combaterem o fascismo e o stalinismo), em que os artistas se enxergam como seres políticos, e que neste sentido se identificam com o M27M. É lançada a pergunta “é possível a existência da arte no capitalismo?” Neste sentido, qualquer um que entenda que a arte compreende o desenvolvimento pleno do ser humano, e que isto só se realiza quando o homem é liberado da exploração de seu trabalho em troca da satisfação mínima de suas necessidades básicas, é um aliado na luta contra o capitalismo e pela libertação da arte como diz o manifesto. O Stalinismo prestou um desserviço ao em nome da idelogia utilizar-se da arte como meio de propaganda de uma identidade da classe da trabalhadora. Como diz o manifesto, a idéia do M27M é que a cultura seja espaço para a liberdade, que as políticas de cultura ajam no sentido de tornar os privilégios de muito poucos no direito universal de todos, garantido não apenas o acesso do povo à arte, mas a possibilidade de todos fazerem arte. Neste ponto, chegou a provocação “até que ponto estamos dispostos a abrir mão dos nossos pseudo-privilégios como artistas para lutar pelo direito universal da arte enquanto atividade humana?”
2. Márcio colocou dois pontos em relação à inércia que leva a grande maioria das pessoas a não criar: a força cultural para tornar-se não um produtor, mas um consumidor de arte; e também as urgências da sobrevivência sempre colada ao calcanhar. Também colocou a facilidade da oportunidade propiciando a criação, citando o exemplo do youtube como estímulo para a criação de milhares e vídeos amadores que podem ser postados para acesso mundial, tendo maior facilidade de alcance que peças teatrais.
3. Graça levantou a importância de agregar os diferentes em nome de militar contra o perigo que está a sociedade, em que os movimentos são desqualificados pela imprensa e pela própria classe, justamente por representar um avanço nas discussões.
4. Malu fez um relato sobre um espaço em Carapicuíba, em que um senhor recolhia os depoimentos das pessoas encarceradas num manicômio, que foram completamente privadas da capacidade de expressar, que por não produzir na sociedade do capital e não compartilhar do pensamento desta sociedade, eram vistos como loucos. Desta forma, chamou a atenção para a necessidade de resistir ao aniquilamento cultural,em que as pessoas são continuamente massacradas na sua possibilidade de se manifestar.
5. Majó falou sobre a região do Cariri que é riquíssima em arte. Levanta a pergunta “o que é arte e o que não é?” como uma apresentação de reisado pode ser algo tão poderoso justamente pelas raízes que mantem com suas origens, enquanto o capitalismo tende a tornar em produto consumível todas as manifestações, descolando a obra de seu contexto original. O quanto os artistas mesmo não fazem isso entre si. A relação de uso que se cria com figuras como Bispo do Rosário, Estela do Patrocínio, Estamira. Arte é para qualquer um. É espírito em manifestação.
6. Alexandre falou da sociedade do medo, do quanto existe um mecanismo anterior nas entrelinhas da cultura que gera um medo, que faz as pessoas nem terem a noção de sua dimensão, de quem são. Nós artistas somos corpos saudáveis, que somos assistidos por outros corpos saudáveis, isto é, que tiverem o mínimo de estrutura de vida.
7. Mario ressaltou a atualidade do manifesto, uma vez que continuamos longe da emancipação humana, pois não vivemos no estado democrático de fato, mas sim de direito, no qual se mantém a concessão de privilégios. Os direitos mais básicos são mercadorias que estabelecem os níveis de classe pelo poder de acesso a estas necessidades. O papel da imprensa tem sido criminalizar os movimentos populares e pedir parcimônia para com os banqueiros. A própria imprensa é uma mercadoria. A educação estética é aburguesada, privilegiando a arte elitizada e dessensibilizando para as manifestações populares.
8. Marcio: Como não vemos a força que nos introduzem na cabeça (exemplo do Índex);
9. Oswaldinho: Temos internalizados os modelos de uma arte elitista, os quais reproduziram. Qual arte e qual cultura temos em nosso imaginário? O constrangimento da falta de identidade do trabalhador com o espaço físico do teatro.
10. Distinção entre cultura e arte: cultura tem a ver com pertencer a grupos, e é isto que forma nações. Arte tem a ver com romper e trazer o Id para fora. A cultura enquadra; a arte discute. O povo tem que ter uma cultura esclarecida e fortalecida, para não perder-se diante da cultura de massa capitalista. O teatro visto como um ponto de respiro, a pausa estratégica do mundo do trabalho... se férias não fossem interessantes, o padrão não permitiria.
11. Jorge: A relação de consumo com a arte, fetichizada. Que tipo de comunhão, de fruição as pessoas têm? A relação acessória: que valor a arte agrega à minha vida: existencial ou de status? Exemplo do CCBB como espaço ocupado pela arte mas dissociado do entorno, das pessoas do entorno. Que relação quero estabelecer com meu público? A arte e o Teatro não pertencem à cultura (Artaud).
12. Viviane: Divergência entre o discurso “arte para todos” e as atitudes cotidianas de artistas, professores universitários e outros agentes sociais. Trabalho da Trupe do trapo visto como social, mas não artístico.
13. Marília: No capitalismo a arte não é para todos. A arte não tem lugar enquanto atividade livre, no máximo uma ínfima tolerância enquanto não fizer muito barulho. No capitalismo, arte é mercadoria e a arte de mercado, a melhor mercadoria. Na ditadura implícita do mercado, nós não existimos. “Ao comunismo, a arte não é estranho”. Planificar a economia, para que o mundo da liberdade possa existir. É importante que os artistas tomem partido, se vejam como seres políticos. O nível de consciência precisa avançar no entendimento de que a arte não se realiza de fato no mundo capitalista. O que queremos? Um edital? Tomar o poder!



5. Marília encaminhou as seguintes propostas: realização de mais um ou dois encontros, mais a realização de um dia de trabalho de onde se tirará um manifesto do movimento. A discussão continua nesta quinta, 20/08 às 19h30 no teatro Coletivo. Os textos são os mesmos.
6. Para o dia 27/08 está previsto encontro com a Iná Camargo para falar sobre o texto “Introdução à literatura brasileira” do Antônio Cândido.

sábado, 15 de agosto de 2009

ACÃO DA RODA E M27M

Companheiros...

Depois de muita discussão decidimos não propor nenhuma ação pelo fomento ao teatro por conta da informação que tínhamos de contingenciamento, que segundo a Maria do Rosário não tínhamos nada contingenciado (informação errada), porém hoje recebi uma carta do Vereador José Police Neto PSDB (Líder do Governo), informando que temos 2.325 (Dois milhões, trezentos e vinte de cinco mil reais) contingenciados.
Logo mais encaminharemos essa carta do Vereador por e-mail, abaixo segue data do ato público que iremos fazer nesta terça-feira na Praça do Patriarca pelo descontingenciamento da verba.
Por favor ajudem na divulgação!!!

Roda do Fomento
Movimento 27 de Março

ATA DA RODA E M27M 06/08/09

Os movimentos Roda do Fomento e 27 de março reuniram-se na Sede da Cia Estável, na quinta-feira, 06 de agosto de 2008, a partir das 19h30.

Foram discutidos os seguintes pontos:

1. Informe sobre o Cortejo da Zona Leste: o Alexandre Santo relatou que a idéia do Cortejo foi uma iniciativa da Cia do Balaio, com o intuito de mapear os grupos e companhias da região do Itaim Paulista e Vila Curuçá. Após o evento, os participantes depararam-se com a questão do que fazer a partir deste encontro. Foi pré-acertado um novo encontro, provavelmente no sábado 08/08, para discutir encaminhamentos.
2. Contingenciamento da verba do fomento:o Oswaldinho refez o percurso dos fatos, desde o relato da 14ª comissão sobre a existência de contingenciamento, as discussões sobre ações para disponibilização da verba, a ida à câmara para buscar apoio dos vereadores, a informação de que na verdade não existe verba contingenciada, e sim uma verba suplementar, da qual o secretário da cultura pode fazer uso ou não, tendo amparo legal para tanto. Diante deste fato, surgiram duas propostas: a) focar em manifestação com formação sobre o Profic e vale-cultura; b) fazer pressão através da Roda para liberar a verba suplementar.
3. A respeito do Profic, o Márcio Boaro trouxe um informe de que o ministro da cultura declarou que levaria para o Congresso a proposta do M27M, de pelo menos equiparar os valores de renúncia fiscal e do fundo nacional de cultura. O Edson Calheiros informou que no encontro realizado no teatro Oficina o Ministro afirmou que provavelmente os percentuais seriam oitenta por cento para o fundo e vinte por cento para a renúncia, mas que estas porcentagens não constariam na lei. Tendo em vista que ambas informações são um avanço, discutiu-se qual será o posicionamento do movimento, de apoio ou não e em que termos.
4. As relações entre a Comissão permanente de políticas públicas, o M27M e a Roda de Fomento: O movimento 27 de março não deve restringir-se a uma discussão corporativa e pragmática, mas atentar para a formação política de seus participantes. Embora haja um entendimento de que a comissão permanente busca também avanços para as políticas de cultura, os modos de discussão e ação não contemplam o M27M. Com relação à Roda de Fomento, ficam claras as convergências de interesses de discutir amplamente as políticas públicas de um modo mais abrangente e profundo, tendo sido decidido que os movimentos se reunirão no mesmo horário semanal.
5. Foram apontados vários pontos possíveis para prosseguir com a discussão e formação política, desde os já presentes como o Profic e Vale-cultura como também o sistema “S” (SENAI, SESI e SENAC) e o Sindicato (SATED). Dentre eles, foram tirados as seguintes questões provocações: a) Qual política cultural queremos? b) Estas políticas atuais nos servem? c) Que sindicato queremos? Foi sugerida a leitura dos textos “Manifesto por uma arte revolucionária independente” de Breton e Rivera, e “Direito à Literatura” de Antônio Cândido, para discussão na próxima reunião, 13/08/2009 às 19h30 no Teatro Coletivo.
6. O encontro finalizou com os informes sobre a Marcha do MST, que entra na cidade de São Paulo nesta segunda, 10/08, no qual a Cia Estável, Brava Cia, Engenho Teatral e Coletivo Dolores farão uma intervenção. Haverá um ônibus saindo por volta das 3h00 da segunda-feira do Arsenal Esperança, e os interessados e participar podem contatar o Oswaldinho pois ainda haviam vagas. Também houve uma fala do Jorge Peloso, do Coletivo Impulso, que está com um trabalho junto aos moradores da Vila Itororó, Bela Vista, que estão sob ameaça da Prefeitura de perder o espaço de moradia para a construção de um pólo cultural de gastronomia. Foi solicitado que ele pedisse em carta o apoio do movimento, explicando melhor os fatos.

Próxima reunião: quinta-feira, 13/08/2009 às 19h30 no Teatro Coletivo.

sábado, 4 de julho de 2009

NOVA COMISSÃO

Ontem aconteceu na Secretaria de Cultura a apuração de votos dos nomes indicados pelas entidades para compor a Comissão Julgadora da 15ª edição da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo com acompanhamento de Oswaldinho (CPT) e SIDNEY NUNES (RODA).

Resultado de votação

Antonio Rogério Toscano
26
Carminda Mendes André
25
Francisco Cabral Alambert Jr.
24
Agnaldo R. Cunha
12
Edgar Olímpio
11

Ficaram os três mais votados:

Antonio Rogério Toscano (Indicado pela Cooperativa Paulista de Teatro)
Carminda Mendes André (Indicado pela Cooperativa Paulista de Teatro)
Francisco Cabral Alambert Jr. (Indicado pela Cooperativa Paulista de Teatro)

Os indicados pela Secretaria foram:

Sebastião Milaré (Presidente)
Verônica Fabrini
Ingrid Koudela
Cássio Pires

ENCONTRO

Dia 06 de julho, às 14h, na Cooperativa Paulista de Teatro, irão participar do encontro dois integrantes da última comissão julgadora da Lei de Fomento ao Teatro
Evaristo Martins - crítico teatral
Luiz Amorim- Ex-presidente da CPT

Pautas:
Discussão sobre o sentido da lei
Iinformações sobre contingenciamento
Questões jurídicas da lei
Valores disponibilizados para este edital,
Trâmites internos da Secretaria na 14ª edição.

É muito importante que venham representantes de todos os grupos. Local: Praça Dom José Gaspar, 30, 4º Andar - Centro de São Paulo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Próximos encontros da Roda do Fomento com convidados que participaram da Comissão julgadora da 14ª edição da Lei de Fomento ao Teatro

Serão dois encontros informais organizados pela Roda do Fomento com o intuito de continuarmos nos formando politicamente. São conversas sobre questões políticas e jurídicas da Lei.
A roda é formada por um grupo de pessoas que se interessam por esta discussão, como não somos um grupo com as mesmas pessoas, precisamos constantemente promover este processo de formação.

Pautas:

DIA 01/07 (Quarta-feira) às 15hs na Cooperativa Paulista de Teatro.

COM TICHE VIANA (GRUPO BARRACÃO) e CARMINDA MENDES (UNESP)
- Discussão sobre o sentido da lei,
- Significados políticos,
- Contradições e apontamentos para novos caminhos (Pensarmos estratégia para esse segundo momento do fomento de 2009).

DIA 06/07 (Segunda-feira) às 14hs na Cooperativa Paulista de Teatro.

COM EVARISTO MARTINS (CRÍTICO TEATRAL) e LUÍS AMORIM (EX-PRESIDENTE DA CPT E DO GRUPO LUZ E RIBALTA).
- Discussão sobre o sentido da lei,
- Informações sobre contingenciamento e questões jurídicas da lei,
- Valores disponibilizados para este edital.
- Como funcionou os tramites internos da Secretaria na 14ª edição,

http://teatrodegrupos.blogspot.com/
Praça Dom José Gaspar, 30 - 4º Andar - Centro - São Paulo

Entrada Franca

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ATA DA REUNIÃO DA RODA DE FOMENTO DO DIA 15/06/09 - 15h na CPT

Devido ao número muito reduzido de Grupos que responderam a Carta Convocatória aos Grupos de Teatro da Cidade de São Paulo para um encontro que iríamos discutir propostas de ações da Roda resolvemos cancelar.

As propostas serão discutidas nos encontros semanais:
- o encontro com os grupos fomentados – exposições.
- o acantonamento
- ações utilizando a sobra da verba do Departamento de Expanção-SMC/Fomento (agenda conjunta, seminário, vídeo, pesquisa, etc.).
- a visita aos 55 vereadores,
como apenas 4 Grupos deram retorno (Cia do feijão, Opovoempé, A Jaca Est e Estável), resolvemos abortar esta proposição.

Discussões sobre ações e decisões sobre o descongenciamento da verba do Fomento no valor de R$ 1.700.000,00.

Discutido a visita aos 55 vereadores na Câmara, com os objetivos claros do que se quer com tal visita – (políticas públicas de cultura, o que significa a Lei de Fomento para a cidade, importância da Lei de Fomento e a criação e aprovação de novas Leis) - em 2010 se tem novas eleições e a maioria dos vereadores visitados talvez não estejam mais lá. Mas fazer desta visita uma ação política de força informando a população sobre este gesto.

Procurar envolver e somar com a Comissão do Conselho Político e o M27M para esta ação política.

Discutido sobre a ampliação de ações que estimulem a adesão de novos cidadãos para assinar os abaixo assinados em circulação – PEC 150, M27M.

Discutido sobre a importância das gerações – mais velhas e mais novas – de se ouvirem. A necessidade de se investir mais em informação e formação.

Foi tirada uma comissão para ir à Câmara dos Vereadores dia 19/06/09 às 15h para descobrir e falar com a Frente Parlamentar de Cultura e se for o caso, em um outro momento, falar com o Setor de Finanças, com o Prefeito, etc sobre o descongenciamento da verba do Fomento de R$1.700.000,00:
Calvo
Geraldo
Renata
Oswaldinho

Agendado para o próximo encontro da Roda de Fomento um estudo com informes sobre a Lei de Fomento para se conhecer melhor os fundamentos da lei. O convite será feito por email a todos os Cooperados e interessados e terá um convidado para coordenar tal estudo, talvez Evaristo um estudioso crítico do funcionamento de Lei de Fomento e provavelmente algum integrante do TUOV que já se debruçou em estudo aprofundado da lei.

E continuam de pé para as próximas pautas da Roda a discussão e o aprofundamento de ações no sentido de se ampliar à criação de políticas públicas para a cidade e

- o encontro com os grupos fomentados ou não – exposições sobre a estruturação dos grupos, sua subsistência, projetos e ações.

- ações utilizando a sobra da verba do Departamento de Expanção-SMC/Fomento (agenda conjunta, seminário, vídeo, pesquisa, etc.).

- a visita aos 55 vereadores

O engessamento burocrático imposto pela SMC na prestação de contas do fomento – ANEXO 5.

Ampliação das discussões sobre políticas públicas e implantação de novas leis para Manutenção de Grupos, Pesquisa, Montagem a nível Federal, Estadual e Municipal.

A necessidade de esclarecimentos sobre POLÍTICA PÚBLICA X POLÍTICA DE GOVERNO – levar esta proposta de discussão para o seminário do M27M.

Elaboração de carta endereçada a FUNARTE exigindo resposta sobre o Miriam Muniz

ATA DA REUNIÃO DA RODA DE FOMENTO DO DIA 09/06/09 - 15h na CPT

Discussão alongada sobre a indicação de nomes de pessoas que fazem parte de Grupos.

Lista de nomes a serem encaminhados para votação na reunião de Conselho de Cooperados para formar a Comissão da XV Edição do Fomento:

1 – Carminda André
2 – Ferdinando Martins
3 – Marianna Monteiro
4 – Renata Lemes
5 – Mariília Carbonari
6 – Renato Ferracini
7 – Evaristo Martins
8 – Antonio Rogério Toscano
9 – Dorberto Carvalho

Indicados pela Cooperativa:

- Carminda Mendes André (Unesp)
- Antônio Rogério Toscano
- Chico Alambert

Indicados pela Secretaria (No momento):
- Ingrid Koudela
- Cássio Pires
- Veronica Fabrini

Próxima reunião da Roda para o dia 15/06/09

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ATA DA REUNIÃO DA RODA DE FOMENTO DO DIA 25/05/09 - 14h na CPT

Informes sobre o debate do dia 26/05/09 a noite no Teatro Raul Cortez sobre o Plano Nacional de Teatro.

Leitura, releitura, discussões, críticas, sugestões sobre o conteúdo e forma da CARTA (Convocatória) AOS GRUPOS DE TEATRO DA CIDADE DE SÃO PAULO.

Formatação/finalização CARTA (Convocatória) AOS GRUPOS DE TEATRO DA CIDADE DE SÃO PAULO, na qual, ficou decidido convocar os Grupos de Teatro (Fomentados ou Não) para um grande encontro com sugestão de datas: dia 24/06/09 – Quarta-Feira as 10h, 25/06/09 – Quinta-Feira as 14h e dia 26/06/09 – Sexta-Feira a Meia-Noite (com extensão regada a poesia, música, intervenções, comidas e bebidas) em local a ser definido. Ficou designado um e-mail para os Grupos responderem qual data seria melhor.

Discutido proposta de se unificar os encontros da RODA DE FOMENTO com as reuniões do MOVIMENTO 27 DE MARÇO, mas houve recusa de alguns participantes por não considerar o momento certo para se fundir, pois isto poderia extinguir os encontros da RODA DO FOMENTO por considerar os encontros da RODA muito importantes para o debate, discussões e ações para políticas públicas da cidade de São Paulo – e por ter consciência que o sistema quer a desarticulação, o não-encontros, não é de seu interesse que haja reuniões, debate sobre nada. E também porque se propõem a fusão dos encontros da RODA e do MOVIMENTO, mas as reuniões do MOVIMENTO também estão ficando um pouco esvaziadas. A RODA tem se ressentido da pouca participação dos trabalhadores da cultura da cidade e às vezes perpassa a idéia de acabar com a RODA, mas ao mesmo tempo ergue a cabeça quando lembra que é isto mesmo que o poder quer – ACABAR.
E ao mesmo tempo a própria RODA se auto conscientiza que ela é um pequeno, mas bem articulado foro com idéias concretas, pertinentes e contundentes e que tem gerado ações muito significativas para ampliação e construção de movimentos que discutem políticas públicas para cidade.

Houve também a proposta de legitimar, dar poder a cada reunião da RODA – devido ao pequeno quorum – de encaminhar as propostas.

Proposta de se debater na RODA os temas abordados no SEMINÁRIO do MOVIMENTO 27 DE MARÇO.

Discussões sobre a formação da comissão que visitará os 55 vereadores na câmara.

Ficou agendada a próxima reunião da RODA para o dia 1 de Junho/09 – Segunda-Feira as 15h na CPT com a pauta:

CARTA CONVOCATÓRIA AOS GRUPOS

A Lei de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo vem sofrendo duros ataques, foi imposto um edital, os valores “atualizados” não batem, e o que se pode ver claramente é que o recurso da lei está diminuindo ano a ano.
Diante disso, a pergunta que fazemos na RODA DO FOMENTO é:
Quando vamos cuidar disso?
Os grupos fomentados estão discutindo em seus coletivos questões referentes à lei?

Por isso esta é uma CARTA CONVOCATÓRIA!

Temos ações concretas a propor, porém, sem a presença de todos e, principalmente, dos grupos fomentados, fica difícil levar este trabalho adiante.

Temos algumas propostas e queremos colocá-la na RODA para as considerações de todos:
1 - A primeira ação é realizar um encontro com todos os grupos fomentados e, a partir desse encontro, estabelecer e encaminhar nossas pautas principais.

2 – Temos a idéia de promover uma discussão em um parque ou praça, envolvendo todos os grupos e fazedores de teatro da cidade de São Paulo, com o objetivo de tornar pública a discussão acerca do sentido do teatro para a população da cidade.

Para o primeiro encontro a Roda sugere algumas opções de horários, por isso precisamos de um retorno dos grupos, prevalece a proposta que tiver maior adesão. Nossa sugestão para este encontro é no período de 24 a 26 de junho, local a definir num dos horários abaixo:
1 - Quarta-feira às 10h00.
2 - Quinta-feira às 14h00.
3 - Sexta-feira à meia noite (Nessa data temos a proposta de estender a noite com músicas, poesias, intervenções, comes e bebes).

Para enviar resposta mandar e-mail para:
gegfernandes@gmail.com
Até dia 16 de junho para fecharmos a data.

As discussões estão acontecendo e o debate é mais do que necessário para que os grupos se sintam representados nas ações que devem ser tomadas com urgência.

Manifeste-se!
Assuma o seu papel!
Sua contribuição é muito importante.

A próxima reunião da Roda será dia 01 de junho de 2009 às 15h na Cooperativa Paulista de Teatro.

Sua presença é fundamental!

Roda do Fomento.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ATA DA RODA DO FOMENTO EM 18/05/09

Presentes:

Leonardo França
Sidney Nunes (Cia. Estável)
Irani Cippiciani (Grupo Caldeirão)
Maria das Graças Cremon (Grupo Offsina)
Egla Monteiro (Cia. de Solistas)
Oswaldo Pinheiro (Cia. Estável)
Geraldo Fernandes ( Cia. A Jaca Est)
Ruth Melchior (Cia. Antropofágica)

Pauta:

- Carta Aberta aos Grupos de Teatro da Cidade de São Paulo.
- Seminário
- Agenda Comum

Graça Cremon se colocou contra o seminário por alegar que o Movimento 27 de março já estava construindo um e os grupos normalmente fazem isso em seus núcleos e não tinha interesse algum em fazer isso em conjunto com a Secretaria de Cultura, propôs então fazer-se uma pesquisa de impacto para fornecer dados precisos sobre a influência da Lei de Fomento nos grupos fomentados. A pesquisa seria realizada com parte da verba operacional da Lei que serve para acompanhamento.
A discussão sobre o seminário teve continuidade, só seria interessante se a forma e o conteúdo ficasse a nosso encargo, contra a formalização do evento. Ao invés do seminário seria melhor um encontro aberto não necessariamente com o dinheiro do fomento ou um acantonamento onde os artistas pudessem trocar experiências, fora da formalidade habitual de um seminário.
Duas decisões foram tomadas:

Uma por um encontro dos grupos fomentados assim como se faz com a comissão, para dialogar sobre os projetos, apresentação, devolutivas e conclusão em reunião aberta, não se pensando nisso como vigilância, mas sim de interação e otimização.

Segunda um acantonamento em um local aberto, descontraído, com bebida, música, alimentação, intervenções, para discutirmos questões que ainda serão levantadas.

A recorrente discussão sobre legitimidade, representatividade da Roda foi colocada em questão e a necessidade da participação maior da categoria na Roda e outros movimentos, a carta iria servir para alertar sobre isso e o risco de perdermos essa conquista, que é a Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, já que os recursos estão cada vez mais escassos.A carta serviria também para convidar os artistas para discutir esses encontros.
Foi levantada também a relação da SMC e a CPT com relação a construção dessas atividades, numa discussão acalorada.

Encaminhamentos:

- Modificação do conteúdo da carta.
- Contrução do encontro dos grupos fomentados.
- Construção do acantonamento.

Próx. Reunião da Roda dia 25/05/09 – 14 hs – Cooperativa Paulista de Teatro

RODA DO FOMENTO

terça-feira, 12 de maio de 2009

ATA DA RODA EM 06/05/09

Ata do encontro da Roda do Fomento de 06/05/09

Presentes:
Filipe Brancalião – Cia. Humbalada
Oswaldo Pinheiro – Cia. Estável
Sidney Nunes – Cia. Estável
Graça Cremon – Off Sina (RJ)
Orias Elias – Cia. T. Encena
Aládia Cintra – Cia. Os Itinerantes
Ruth – Cia. Antropofágica
Geraldo Fernandes – A Jaca Est
Maisa Carbonari - Atuadoras

Iniciamos o encontro com algumas trocas de impressões acerca do momento político que vivemos, sobretudo marcado pela atuação de duas frentes de discussão de leis para o teatro: o movimento 27 de março e a Roda do Fomento. Após algum tempo de troca foi definida uma pauta:

- Discussão acerca do seminário a ser proposto à SMC;
- Comissão de “sensibilização” dos vereadores acerca da Lei de Fomento;
- Discussão acerca da ação que será movida por César Vieira do TUOV;
- Conselho dos cooperados, definições das demandas;

Após a decisão da Pauta, Oswaldo sugeriu que os informes e acertos relativos à Roda do Fomento (como publicação da ata no blog, envio de email’s etc) ficasse centralizado com Sidney, uma vez que Oswaldo já está mergulhado nas ações do Movimento 27 de março. Graça se colocou reafirmando que embora essa centralização nos aspectos de organização seja necessária, é sempre importante destacar o caráter democrático e aberto da Roda.

Assim, Sidney contextualizou a última reunião da Roda retomando um ponto a levantado no encontro com a Comissão avaliadora desta edição do Fomento: onde está representatividade política da classe teatral?

Nesse sentido, abrimos o debate acerca do papel da Cooperativa como nossa representante legal e uma possível divergência em assumir posições políticas. Por outro lado, analisamos também a posição ocupada hoje pelo Sated e um consenso no debate foi o caráter fisiológico e pouco representativo de nosso sindicato, que mais negocia questões patronais do que encabeça lutas pela classe artística.

Dando continuidade ao debate, discutimos a viabilidade da Roda e do Movimento 27 de março assumirem esse papel de representantes políticos da classe, o que nos levou a refletir acerca das conseqüências da institucionalização dessas frentes de combate. Assim, qualquer “institucionalização” de movimentos poderia gerar a criminalização das ações, o que nada na contra-corrente de nossos intuitos. Ainda assim, ficou claro que não há consenso com relação a esse ponto, uma vez que há posições mais radicais que priorizam a luta contra esse sistema falido que está posto e outras que vêem como saída a assunção do sistema representativo que está posto (Câmaras de vereadores e Assembléias) e a pressão política sobre esses representantes.

A questão da representatividade levantou um outro ponto de discussão interessante que diz respeito à maneira como nos organizamos em nossas próprias bases. A exemplo Orias lançou o fato de que muitas vezes escolhemos como nossos representantes nas comissões do Fomento, integrantes do mundo acadêmico, por acreditarmos que são eles as pessoas de “renomado” saber capazes de nos representar. No entanto, muitos desses “acadêmicos” estão fechados em seus gabinetes, desvinculados do nosso saber adquirido na prática. Polêmica dicotomia, essa discussão nos levou inclusive a pensar nas questões da formalização da escrita exigida nos projetos e após exaustivas réplicas e tréplicas, foi consenso que nosso fazer, sobretudo em projetos que se inscrevem na Lei de Fomento, devem estar vinculados a um exercício conceitual, que por conseqüência, gera uma reflexão e elaboração necessária de se fazer compreendida no papel.

Voltando à questão da representatividade, Graça nos trouxe informações a respeito das ações do Secretário Calil com relação ao Conselho Municipal de Cultural, órgão que não é convocado há cinco anos e será substituído. Desse modo, o debate se voltou para a estrutura de participação popular na gestão municipal, que vem cada vez mais sendo anulada por ações da atual gestão.

Parte daí então a necessidade de irmos aos vereadores não apenas levar a seu conhecimento as insuficiências da Lei de Fomento, como também abrir espaço para discussão de pontos como a regulamentação das Casas de Cultura e outras ações de fomento e formação artística tomadas sempre como políticas de governo (quando existem) e nunca transformadas em políticas públicas. Mais uma vez o consenso fugiu do encontro ao passo em que alguns se colocaram no sentido de focarmos a abordagem com os vereadores apenas na apresentação da Lei, enquanto outros viam como viável a ampliação da discussão.

Fato é que ao analisarmos mais cuidadosamente a Lei caímos ainda em teias cada vez mais densas, pois é notória a insuficiência dos recursos como estão postos no próprio texto da lei. Outro ponto é a arbitrariedade com a qual a SMC regula a lei segundo editais que orientam as inscrições, além de contingenciar as verbas e aplicar tributação excessiva.

Mais debate e uma tentativa de consenso em torno de nossas atuais propostas: nos voltamos para o aperfeiçoamento da Lei de Fomento ao Teatro ou para a criação de novas leis que dêem conta de outras demandas? Questão essa ainda em processo de maturação e que exige mais debate.

Voltando a pauta, nos detivemos na questão do processo a ser empreendido por César Vieira, que viu o seu grupo, Teatro União e Olho Vivo, não ser contemplado muito embora estivesse entre as 17 companhias aprovadas pela comissão. Esse fato se deveu ao contingenciamento da verba e a posição possível da Roda diante disso é a elaboração de uma CARTA-REPÚDIO a esse contingenciamento, marcando nossa opinião favorável às decisões da Comissão de aprovar 17 e não 14 grupos.

Após levantarmos os interessados em compor a Comissão de Abordagem aos vereadores, encaminhamos a discussão para a questão do Conselho de Cooperados. Maisa esclareceu pontos relativos à convocação de uma Assembléia e falou da disposição da diretoria da cooperativa em dialogar com os cooperados acerca de suas demandas. Demandas essas que se referem não apenas a representatividade política da cooperativa, mas sobretudo ao processo de burocratização e não funcionamento pelo qual vem passando a entidade, que cada vez mais não atende às necessidades jurídicas do cooperado com eficiência e agilidade.

Por fim, após concluirmos que a temática do Seminário será a politização do ator e que haverá uma proposta de realização conjunta com o Movimento 27 de Março, finalizamos a Roda discutindo acerca de seu próprio papel.

Será que a Roda deve ter uma pauta fechada, a ser seguida com tempo e prazos que agilizem as ações a serem empreendidas? Ou seria a Roda um espaço para temas de debate que devem ter seu tempo de maturação sem prazos a cumprir?

O próximo encontro ficou para 11/06 às 11hs.

RODA DO FOMENTO

terça-feira, 5 de maio de 2009

ATA DA REUNIÃO DA RODA EM 29/04/09

Presentes:

Rudi (Redemunho)
Maysa (Atuadoras)
Leonardo
Oswaldinho (Estável)
Adriana (Antropofágica)
Sidney Nunes (Estável)
Patrícia (Folias)

Pautas:

- Avaliação do encontro com a comissão que julgou os projetos da XIV edição.
- Preparação de uma assembléia na cooperativa CPT para discutir procedimentos da mesma.
- Construção do seminário de politização do ator.


Iniciamos a discussão sobre a existência de vários movimentos de trabalhadores de teatro que não dialogam entre si tendo as mesmas exigências e se a co-existência facilita ou dificulta as ações da categoria, assim como porque da não fusão da Roda do Fomento ao Movimento 27 de Março. As posições não são claras para todos. Há aqueles que defendem que a Roda deve continuar atuando na esfera municipal, mesmo tendo articulado e mobilizado pela criação do Movimento 27 de Março não se vê organizada estruturalmente como o movimento. Na Roda entra e sai quem quer, não há comando, assume-se as responsabilidades quem estiver disposto. A conversa caiu no vazio.
A pauta sobre o encontro com a comissão se deu muito a respeito da carta de abertura do encontro, que em um de seus pontos coloca a discussão com a comissão antes de eleita sobre caso um grupo ou Cia. já tivesse sido contemplada por outro edital de valor expressivo, que isso fosse objeto de desempate a favor de grupo ou Cia. que não tivesse fomento desde de que o projeto fosse qualitativamente tão bom ou melhor que o outro.
Nesse momento foi questionado a força da representatividade da Roda em função dos encontros estarem sempre esvaziados. Foi colocado que a Roda sempre tem andado assim e que não é somente a Roda e sim todos outros movimentos, decisões são tomadas e levadas para concordância ou não da categoria, mas que apesar de todos os esforços para mobilizar isso não tem sido possível, mesmo assim a Roda consegue articular e mobilizar e quando é de interesse da categoria ela tem comparecido. O levantamento da questão sobre a representatividade que se torna recorrente no nosso meio, entende a Roda que é necessário se construir isso já que não nos vemos contemplados pela atuação do SATED e nem da cooperativa, por isso o questionamento se a CPT, serve só a representação jurídica ou pode ser uma representação política. E levantou-se o posicionamento político nas ações atuais da categoria, do burocratismo que se vem criando e do papel dificultador da CPT na prestação de contas do fomento. A partir desse debate foi solicitado uma assembléia com a cooperativa para se discutir essas questões, que passou a ser pauta de reunião dos diretores na segunda dia 04/05/09.
A avaliação sobre o encontro com a comissão teve uma análise positiva, que a comissão merece nosso apoio, pela sua clareza e por dizer a categoria com honestidade e sinceridade o que necessitávamos ouvir, isto é: nos inteirarmos da lei no que diz respeito a elaboração dos projetos e para entender o quanto ela deixa a desejar, que é preciso mudá-la para atender a mais grupos e cias. Ficamos de verificar junto a cooperativa respaldo jurídico para a comissão a respeito do entendimento da lei, discutir e encaminhar ações com relação a ilegalidades que estão sendo cometidas na publicação dos editais indo contra a lei. Estamos formando uma comissão para dialogar com os vereadores nos seus gabinetes, colocá-los ao par do que é a Lei de Fomento ao Teatro, para traçarmos um perfil sobre a possibilidade de alteração dessa Lei e a elaboração de outras.
A construção do seminário ficou para a próxima reunião.


RODA DO FOMENTO.


Próx. encontro dia 06/05 na Cooperativa as 14:00 hs.

sábado, 2 de maio de 2009

ENCONTRO COM A COMISSÃO ELEITA PARA JULGAR OS PROJETOS DA XIV EDIÇÃO DO FOMENTO AO TEATRO DA CIDADE DE SÃO PAULO.



Estamos iniciando mais um encontro com a comissão que avaliou os projetos dessa XIV edição do Fomento, organizado pela RODA DO FOMENTO.

Como é de conhecimento geral, a RODA é um espaço aberto e democrático que foi criado a partir de questões que vieram do movimento "Arte contra a barbárie", com o intuito de compreender a lei e acompanhar sua aplicação, como sempre tem feito.

Já algum tempo que se manifesta entre nós, trabalhadores de cultura que dela participam assiduamente, o desejo de ir além da reflexão e acompanhamento; o de ser um movimento na tentativa de articular, mobilizar e lutar contra a precariedade cultural em que nos encontramos. Para isso levantamos várias bandeiras que levaremos a discussão com a categoria, tais como: elaboração de novas leis, seminários para a politização do artista, troca de experiências, entre outras coisas.

Organizamos o Manifesta-Fomento no fim do ano passado, porque nos era a única coisa possível pelo tempo e pessoal disponível, com formato discutível, mas válido pelo que causou; serviu para repensarmos certas ações e diálogos com poder público. Aprendemos com nossos erros. Propusemos a ocupação da Funarte, articulamos, mobilizamos, culminando na ocupação da mesma, que com a parceria de outros movimentos e participação da categoria, acabou por se transformar num movimento que se denomina Movimento 27 de Março, para lutar em esfera federal por políticas culturais mais justas com dotação orçamentária própria como a melhor alternativa para desenvolvermos trabalhos qualitativos para a sociedade.

A lei de fomento ao teatro, para lembrar, instituiu o Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, que foi desenvolvida num determinado momento histórico a partir do "Arte contra a Barbárie", marco nas políticas públicas de cultura da cidade e até mesmo do país, que hoje é referência até para outros países da América latina.

No entendimento da Roda após muita reflexão, ela necessita de modificações pelas contradições que carrega em si, mas nos ensinou que dotação própria em leis para a cultura é imprescindível para o desenvolvimento e sobrevivência dos grupos e companhias, que além de gerar empregos, forma público, interfere no cotidiano levando o cidadão a reflexão, também porque limita o poder público de mexer com o dinheiro público da maneira que melhor lhe convém. Entendemos também que o "Modelo Cultural" burguês, mercadológico, que abriga: leis, programas, incentivos, jamais será capaz de atender nossas necessidades, por isso estudamos, discutimos incansavelmente essas questões para sermos capazes de propor: não reformas, mas um modelo cultural novo, capaz de atender nossas demandas e a população do país.

A democracia nos norteia, determina nossas relações, que culminam nesse encontro de hoje para questionar, entender como nossos companheiros de trabalho, nesse momento como comissão julgadora de nossos projetos, seus critérios e sobre sua dificuldade na relação com o poder público; uma coisa é evidente: a verba destinada na Lei de Fomento não atende mais nossas necessidades, ela apesar de um avanço em termos de lei, engessa o uso dos recursos no sentido de que,como que com 4.222.000,00 (Quatro milhões duzentos e vinte e dois mil reais) se pode atender 20 grupos com projetos de até R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais)?

Seriam necessários pelo menos R$ 12.000.000,00 ( Doze milhões), e se tivéssemos recursos para contemplar mais de 30 grupos não poderíamos fazê-lo por força da lei, determinamos os cortes num orçamento que é parte do projeto, entre outras questões; o que nos ensina que esse modelo cultural mais do que fomentar a cultura de desconfiança, também nos divide, pois nos conduz a concorrência e nos leva a pensar como “Cultura de mercado”, desconfiamos de tudo, da comissão que elegemos e de nós mesmos.

A comissão eleita precisa saber que aprendemos o que reclamar e pra quem reclamar. Somos solidários com a atitude da comissão em peitar a secretaria por descontingenciamento de verbas, pois ouve um congelamento de R$ 2.074.555,43 (Dois milhões, setenta e quatro mil, quinhentos e cinqüenta e cinco reais e quarenta e três centavos). Gostaríamos de nos pautar sobre o parecer e os critérios usados para contemplar até 20 grupos, também como entender a escolha por dezessete grupos e ter que decidir por 14 projetos e registrar em ata que 3 grupos eram profundos merecedores de contemplação.

Algumas sugestões sempre recorrentes foram discutidas com a comissão que nos representou nesta edição:



1- Que o formato e a aparência de um projeto não fossem o único motivo da sua contemplação, pois os editais burocráticos procuram determinar a maneira de fazê-los e acabam por definí-los fazendo perder a originalidade da lei;



2- Que o orçamento fosse avaliado em relação direta com a proposta e não desvinculada dela;



3- Que os cortes, se realmente necessários, fossem de, no máximo, 10%;



4 - Que se em um projeto se exigisse um corte de 50% de seu valor, este projeto não fosse aprovado;



5 – Que fosse observado que se o grupo já possuísse um patrocínio em andamento e dependendo dos valores envolvidos, que esse fator pesasse na avaliação sobre outros projetos de mesma qualidade;



A Roda tem se reunido pelos motivos já apresentados e convida os grupos a compor conosco uma frente de diálogo, construção e luta por políticas culturais públicas capazes de transformar essa realidade cultural precária em que vivemos. Na roda cabe qualquer artista que queira contribuir para transpormos essa realidade.

E para finalizar, lembramos que o Fomento não existe para fazer um rateio entre os grupos, mas sim, para os projetos que melhor promovam um diálogo necessário com a Cidade de São Paulo.



RODA DO FOMENTO
SIDNEY NUNES

segunda-feira, 20 de abril de 2009

ATA DE 13 DE ABRIL DE 2009

Presentes:

SIDNEY NUNES (Cia.Estável)
RUDY (Redimunho)
GRAÇA CREMON (MTR)
OSWALDINHO (Cia. Estável)
LUIZ CALVO (Quase cinema)
FILIPE BRANCALIÃO (Humbalada)
DORBERTO CARVALHO (Insurgente)


PAUTA


1) Data do encontro com a comissão da XIV edição do fomento.
2) Pauta do encontro.
3) Reunião com a Diretora do DEC - SMC - Sra. Branca
4) Pauta da reunião com a diretora do DEC


- Foi concenso na Roda do Fomento que a reunião fosse realizada no dia 28/04/09 no espaço Teatro Coletivo na Rua da Consolação, confirmado pelo Rudy para as 19:30 hs.

- A pauta do encontro se baseará no parecer da comissão, que dá margem a uma extensa discussâo no nosso entendimento.

- O parecer será disponibilizado para todos os convidados, estamos providenciando isso através da SMC via e-mail e no blog da Roda.

- A reunião com a diretora do DEC se pautara pela continuidade da conversação anteriormente estabelecidade com o SR. Rubens de Moura sobre os seguintes pontos:

1) Construção de 4 seminários para a politização do ator, desde que possamos pautar e determinar o formato.
2) Criação de uma agenda comum dos grupos fomentados ou que enviaram projetos.
3) Criação do filme da Roda com o material já disponível.

Obs; A data do próximo encontro da Roda acontecerá no dia 22/04 as 11:00 hs.


SIDNEY NUNES

ATA DE 09 DE ABRIL DE 2009

Encontro Roda do Fomento (11h – Coop. Pta. Teatro)

Presentes:
Sidney Nunes (Estável)
Osvaldo (Estável)
Filipi Brancalião (Humbalada)
Patrícia (Folias)
Dorberto (Insurgente)
Luiz Calvvo (Quase Cinema)
Cia. Caldeirão

Pauta

- Avaliação da participação da RODA no Movimento 27 de MARÇO;
- Preparação do encontro com a comissão julgadora da ultima edição do Fomento.

O Osvaldinho abriu os trabalhos colocando um panorama de como vinham ocorrendo os encontros da Roda, já que a maior parte dos presentes era de pessoas que não costumam freqüentar os encontros.

Foi realizada uma breve avaliação dos acontecimentos (ocupação, cartas, etc.) do Movimento 27 de Março através de uma contextualização de como havia surgido na Roda à idéia de ocupação pela proposição do Ney Piacentini em um dos encontros da Roda no inicio do Mês de fevereiro, vale ressaltar que essa proposição foi discutida pelos presentes até que se chegasse à concordância e se tirasse os encaminhamentos para os próximos passos. A partir desse momento foi possível esclarecer o desenrolar dos fatos que culminaram no Movimento e nas ações acima citadas.

Após uma discussão onde foi possível a maioria das pessoas exporem suas opiniões e fazer suas considerações entendemos que assunto era muito amplo e devia ser tratado no espaço adequado que são os encontros do Movimento 27 de Março, e como já tínhamos maiores esclarecimentos dos fatos deveria ser dado seqüência na pauta.
No que se refere ao encontro com a comissão, levantamos as questões do número de contemplados na ultima edição e também ressaltamos o empenho da comissão diante das investidas da Secretaria de Cultura que a todo custo tentou reduzir o montante da verba para esta edição. Foi levantada uma série de questões relativas aos projetos aprovados e também no que diz respeito aos cortes, as discussões giraram em torno dos critérios utilizados para realizar esses cortes e até no que dizia respeito aos critérios de aprovação. Para não ficarmos levantando acusações injustas relembramos de como foi o primeiro encontro com a comissão e também sobre as sugestões dos presentes (indicativo de corte não superior a 20%, considerar o trabalho desenvolvido pelos proponentes sem se deixar impressionar pela apresentação do projeto, etc.). Por fim tentamos elencar alguns pontos norteadores do encontro com a comissão tais como: 1) Critérios utilizados para avaliação e aprovação dos projetos, 2) Critérios utilizados para realização dos Cortes, 3) Relato de como foi à dinâmica de “negociação” utilizada pela comissão nas negociações com a Secretaria, bem como sobre o processo de trabalho.
Conseguimos ainda tirar como data indicativa para o encontro o dia 27 de abril (segunda-feira) às 19h e levantamos possíveis locais para realização do encontro (Coletivo, 184, Parlapatões, Eureka, Feijão), os quais entraremos em contato para verificar a disponibilidade. Foi tirado como indicativo que mesmo sem ter o espaço definido Sidney Nunes já entraria em contato com a comissão para verificar se estavam disponíveis para essa data. Ainda falamos brevemente sobre o parecer elaborado pela comissão e ficamos de enviar a todos e deixar disponível no dia para que todos tenham o acesso e também possuam elementos para a conversa com a comissão.
Ficou acertado que o próximo encontro da RODA será no dia 13-abril na Coop. Pta. Teatro as 11h, para que possamos dar prosseguimento a preparação do encontro com a comissão.
São Paulo, abril de 2009.
Luiz Calvvo

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ATA DO DIA 16/02/09

Ata da Roda de Fomento ao Teatro
Elaborada por Luiz Calvvo

São Paulo, 16 de fevereiro de 2009.

Os presentes:

Adriana (Fabrica),
Renata (Antropofágica),
Osvaldo (Estável),
Sidney Nunes
Dorberto (Insurgentes),
Luiz Calvvo (Quase Cinema).

O encontro teve como tema principal à organização para as manifestações do dia 27 de março. De inicio foi levantado o que pretendíamos com as manifestações e começamos a pensar em um tema geral que pudesse abarcar a classe de trabalhadores (músicos, técnicos, atores, diretores, palhaços, circenses, etc.) da área cultural, que de alguma forma estão relacionados também com o teatro.
As discussões giraram em torno da situação de trabalho precário que temos hoje como realidade, resgatamos a fala do companheiro “Paulo ou Pedro” que na reunião anterior levantou o fato da impossibilidade de conseguirmos financiamento junto a CEF e até mesmo realizar um tratamento dentário decente. Assim como foi consenso para o grupo, acreditamos que toda a classe trabalhadora sabe disso, más acaba por não se manifestar e se cala diante das pancadas, que não são poucas.
Quanto as pancadas, listamos algumas como a questão da falta do edital do Fomento a Dança e possível cancelamento da edição, os editais de Ocupação dos Teatros Distritais (que a maioria vai entrar em reforma!!!) e o do Vocacional (Musica, Dança e Teatro) que sofreu cortes orçamentários e está passando por um processo bem burocrático e arrastado que só fará reduzir o tempo de trabalho e prorrogar a aplicação da verba. Foram muitos os problemas levantados e sabemos que não vai ser fácil lidar com eles, daí a necessidade de nos organizarmos para fazer frente a BÁRBARIE que se anuncia. Tivemos também a oportunidade de levantar alguns programas que já tivemos e que se perderam no meio da burocracia e no jogo político.
Um outro tema que foi levantado foi o fato de os trabalhadores no campo da arte serem privilegiados aos olhos da população em geral (o povão!!!), acreditamos que precisamos nos aproximar deles e se apresentar com todos os nossos anseios e faltas, enfim mostrar o quão excluídos também somos e quem sabe começar a quebrar barreiras existentes. Vale lembrar que um dos objetivos centrais desse ano é a aproximação da grande massa de trabalhadores e movimentos de luta, e assim trabalharmos pela politização da nossa categoria.
Enfim tiramos como tema de nossas manifestações A PRECARIZAÇÃO DOS TRABALHADORES NO CAMPO DAS ARTES, um tema bem geral que será objeto de discussões para aprofundamento e serve para a convocação dos indivíduos e coletivos para organizar as manifestações. O Movimento de Teatro de Rua já se posicionou como parceiro e iremos buscar outros coletivos (Circo, Musica, Dança, Culturas Populares, Etc.).
Temos total apoio da Cooperativa Paulista de Teatro para a realização das convocatórias e também material para as manifestações.
Ficou decidido que para a próxima reunião (dia 02 de março na Cooperativa) será feita uma convocatória de coletivos e indivíduos, por telefone e e-mail, para discutirmos e aprofundarmos as ações do dia 27 de março.
Como fonte de inspiração para nossas manifestações foi sugerida uma música do Duo Moviola que fala dos perrengues para sobreviver como artista.
ESCUTEM URGENTEMENTE!!!
MUITO BOM!!!
Para estimular nossos pensamentos em relação à precarização de nosso trabalho e para estimular a mobilização do 27 de março.

O site é: http://www.myspace.com/duomoviola
A música é: O retrato do artista quando pede.



O próximo encontro da RODA acontecerá segunda-feira dia 02 de março de 2009 às 11h na Cooperativa.
Portanto nós da RODA DO FOMENTO AO TEATRO, convocamos a presença de todos os trabalhadores da área cultural a comparecer no dia 02/03/09 na Cooperativa Paulista de Teatro as 11:00 hs, ou enviar representante para a construção da manifestação do dia 27 de Março - Dia Internacional do Teatro e Dia Mundial do Circo.

O que nos move a construir essa manifestação?

- A precarização da Cultura
- A precarização do trabalho

Entre tantas outras coisas, dentro do tema tragam suas propostas para a organização, conteúdo e formato.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

ATA DA RODA DO FOMENTO EM 09/02/09

São Paulo, 9 de fevereiro de 2009.



Ata elaborada por Graça Cremon e Egla Monteiro

A Roda do Fomento realizou mais uma vez, o encontro da categoria teatral com a comissão que analisa as propostas a serem contempladas pela Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo.

Este encontro é uma oportunidade do exercício da cidadania, na medida em que tomamos para nós a responsabilidade de garantir que as conquistas previstas na lei possam ser asseguradas. É a possibilidade de, no debate e no confronto da lei com as necessidades dos fazedores e na relação com o público, que é o sentido do teatro que fazemos, aperfeiçoá-la.
Em suma, é o momento em que assumimos a responsabilidade pela condução de uma política cultural pública por meio de nossa participação.

Desta vez o encontro foi com a comissão da décima quarta edição do programa. Aconteceu na Cooperativa Paulista de Teatro. Foi a primeira reunião com esta comissão que avaliará o Fomento em sua primeira edição de 2009. Uma segunda reunião com esta mesma comissão está prevista depois de serem anunciados os contemplados. Desde já convidamos a todos para participarem. A data será divulgada oportunamente.

Os sete membros foram convidados. Cinco compareceram. São eles: Gabriela Rabelo,Cássio Pires, Isaias Almada, Carminda Mendes e Luiz Amorim.

Os outros dois, Tiche Vianna e Evaristo Martins, acolheram o convite e entenderam a importância do encontro, mas devido a compromissos anteriormente assumidos, infelizmente não puderam comparecer.

Ney Piacentini, presidente da CPT, abriu a reunião. Convidou a todos e todas para a entrega do Prêmio CPT de teatro nos Espaço dos Parlapatões, dia 16 de fevereiro, à noite.

Chamou também para apoiarmos a luta dos companheiros do Movimento Mobilização Dança que estão com a Lei de Fomento a Dança ameaçada de não ser cumprida.
Em seguida, falando em nome da Roda, Graça Cremon fez uma breve explanação sobre o Roda do Fomento, dizendo que é um movimento aberto e democrático, e que todos estão convidados a participar e se engajar nesta luta por políticas culturais públicas que atendam as necessidades dos grupos e fazedores de um teatro, que levem em conta as demandas e urgências do mundo contemporâneo na busca por uma sociedade humana, justa e solidária, em diálogo direto com a cidade. As reuniões da Roda acontecem sempre às segundas-feiras, ás 11h ou 14h.Ela apresentou, ainda, à comissão algumas falas recorrentes, trazidas pelos participantes da Roda, que reforçam que a preocupação com o “formato”, com a “aparência” dos projetos, está fazendo com que o Fomento perca, pouco a pouco, sua essência. Neste ponto, Egla Monteiro, falando em nome da Roda, toma a palavra para esclarecer a natureza dessas preocupações. Diz que a originalidade da lei, estava, inclusive, no modo de apresentar os projetos. Ou seja, o grupo, no momento de apresentar seu projeto poderia revelar, já na apresentação, o modo mesmo de procedimentos que o grupo ou núcleo utiliza para pensar seu trabalho artístico. As singularidades até no modo de apresentar, já contemplava a diversidade de modos existentes e não um único, como é padrão no mercado. A gente não tem que pensar em criar uma arte, investir recursos que ainda nem tem, para impressionar, ou descansar os olhos da comissão. As regras devem ser outras. Na medida em que a maioria dos grupos começa a ter a preocupação de apresentar seus projetos com identidade visual, com formatação-padrão, perde-se essa característica de se fazer as coisas na contramão do que nos é exigido pelos PACs, editais, e que de forma alguma, leva em conta nossas especificidades e originalidades, que , aliás, não estão em contradição com o desejo do teatro que queremos comungar com a cidade. A excessiva burocratização que o edital passou a exigir, já foi uma grande perda no sentido da originalidade da Lei também em relação ao modo de apresentar o projeto. Graça Cremon retoma a palavra e passa a apresentar as sugestões que a categoria teatral considera que a comissão deva observar para a análise dos projetos. Estas sugestões são preocupações sempre recorrentes, trazidas pelos grupos nas reuniões da RODA. Os pontos são os seguintes:1 - Que, em essência, quando a Lei foi criada, ela nasceu para atender, justamente, grupos de ação continuada, cujos projetos apresentados deverão estar em relação com suas pesquisas e trajetórias; Grupos de ação continuada não significa que novos grupos que acabaram de se formar não possam ser contemplados. Seus projetos têm que ser de continuidade.

2 - Que o orçamento seja avaliado em relação direta com a proposta e não
desvinculada dela;

3 - Que os cortes, se realmente necessários, sejam de, no máximo, 10%;

4 - Que se a um projeto se exigir corte de 50% de seu valor, este projeto não merece nem ser aprovado;

5 – Que seja observado se o grupo já possui um patrocínio em andamento e quais os valores envolvidos. Percebe-se, às vezes, um mesmo grupo acumulando vários patrocínios e/ou prêmios. Que esse fator possa pesar na avaliação sobre dois projetos muito bons.6 – Que a comissão mantenha o parecer para os projetos que não foram contemplados.7 – Foi lembrado, também, que o Fomento não existe para fazer um rateio entre os grupos, mas sim, para que os melhores projetos sejam contemplados. Sem esquecer que eles devem promover um diálogo necessário com a Cidade de São Paulo. Foram levantadas as seguintes questões para serem postas à comissão: RODA DO FOMENTO.

Luis Carlos Moreira fez considerações completas à respeito do orçamento do fomento. Questionou os valores postos pela SMC no edital, afirmando estarem incorretos. Pediu com urgência que sejam refeitas as contas para que sejam levantados os valores corretos, pois só assim a comissão poderá trabalhar de forma eficaz no sentido da utilização da verba. A prefeitura nos diz que nossos valores estão atualizados, mas, os números que o Moreira nos traz apontam diferenças. O Sidney também completou o quadro com os dados numéricos do tipo: investimentos pagos em 2009 de projetos iniciados nas duas últimas edições do Fomento, ou ainda pendentes.

Precisamos saber o valor atualizado para podermos brigar pelo nosso orçamento inteiro em 2009. Não podemos correr o risco de vermos esse dinheiro voltar na segunda edição.

O Moreira pediu que a Roda do Fomento encaminhasse junta a CPT a atualização dos valores e que, o mais breve possível, déssemos subsídios para que a comissão trabalhe sobre o orçamento correto. O Sidney Nunes ficou de encaminhar.

Isaias Almada, presidente dessa comissão, tentou nos tranqüilizar, pois estará atento a “como” iremos distribuir a verba dessa edição, mas, deixou bem claro que está pessimista em relação ao governo. Mostrou-se afinado com a Roda, bem como todos os membros da Comissão, que concordaram com os pontos colocados.

Falou também sobre os vícios de escrevermos projetos com gorduras esperando os cortes das comissões.

Como os projetos são escolhidos por comparação foi importante observar que se um grupo remunera seu artista com um valor bem menor que outro, não significa que o grupo que remunera melhor seu artista está com gordura. A relação de trabalho implica em relações internas ao grupo e isso acaba se traduzindo em remuneração diferenciada.

Paulo Fabiano retomou as preocupações em relação ao formato dos projetos, já postos por Egla. Criticou o fato de que há uma padronização dos projetos. Pediu que se uma proposta não está clara, mas a idéia é boa, isso deva ser considerado.

Marcos Pavanelli e, também, Dulce Muniz falaram em defesa da maturidade profissional da categoria em relação aos orçamentos sem gordura. Que isso tem sido enfatizado junto à categoria e tem sido um procedimento adotado para os projetos do Fomento.

Um companheiro novo na roda, fez um retrato interessante de como vivemos hoje em dia, nós os artistas. Observou que devemos deixar o glamour da profissão de lado e percebermos a informalidade em que vivemos. Não conseguimos nos organizar minimamente diante da nossa situação profissional. Não somos capazes de financiar o sonho da casa própria, nem conseguimos fazer um tratamento dentário digno. Devemos nos ver mais como trabalhadores que somos.

A fala da Dulce colocou uma importante questão, a da diversidade do teatro que se faz em São Paulo. Ela ratificou a necessidade de que esta diversidade seja considerada na hora da análise dos projetos, pois esta é uma riqueza que não pode deixar de ser levada em conta, sem risco de se ditar um “modelo” para o teatro que deve ser contemplado pelo Fomento.

A Sílvia retomou a questão posta por Paulo Fabiano, por Dulce e por outras pessoas presentes, sobre a questão do modelo de fazer projeto para o Fomento dizendo que é preciso, também, querermos nos capacitar, buscar o conhecimento e que, sim, a despeito disso, os que ainda não sabem fazer, mas têm propostas de interesse para a cidade (citou um grupo de jovens da periferia que realizou um lindo projeto e que tem essa característica de estar começando, com todas as dificuldades de formação e capacitação para fazer um projeto) também devam ser olhados com atenção, para além da escrita, da formatação. Ressaltou, ainda, a labuta de todos nós que ficamos a maior parte do tempo fazendo projetos e trabalhando na produção, até que nossos projetos sejam viabilizados.

A Graça Cremon apontou para que seja observado também como o grupo trabalha a questão da contrapartida social. Muitos entendem por contrapartida oferecer apresentações gratuitas às escolas da rede pública do município, incluindo CÉUS e outros espaços públicos. Entendemos que essa ação realiza migração de recursos da Secretaria de Cultura para a Secretaria de Educação, além de não permitir aos grupos não-fomentados que vendam, ou ainda, participem da programação desses espaços. Essa preocupação está diretamente ligada à não existência de programas que se debrucem sobre a Formação de Público para o Teatro na cidade. O Moreira recorreu à lei para colocar que a seu objetivo é “apoiar a manutenção e criação de projetos de trabalho continuado de pesquisa e produção teatral visando o desenvolvimento do teatro e o melhor acesso da população ao mesmo.” Lembrou, ainda, que um grupo novo pode ser contemplado com o Fomento, desde que comprometido com continuidade.A Gabriela Rabelo trouxe esclarecimentos (praticamente um mimo) sobre a palavra fomentar que, segundo pesquisa feita por ela no dicionário, vinha de friccionar um líquido quente
sobre a pele, e que só depois, tomou o sentido que conhecemos hoje. Para ilustrar, trouxe-nos a pérola: “Se não quis me ouvir, que se fomente!”.Vamos repetir aqui a pérola da Gabi, depois de presenciarmos um debate tão bacana como esse, que nos incentiva a manter a Roda cada vez mais forte, podendo ser capaz de promover estes encontros de pequenas grandes lutas. Então, para os que dizem “Não adianta, as coisas não mudam, não vou perder meu tempo na Roda”, lá vai: “NÃO QUEREM OUVIR...QUE SE FOMENTEM!!!“

O próximo encontro da RODA acontecerá segunda-feira dia 16 de fevereiro de 2009 às 11h na Cooperativa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

ATA DA REUNIÃO DA RODA DO FOMENTO EM 02/02/09

Na Cooperativa Paulista de Teatro

Presentes:

EGLA MONTEIRO - Cia. dos Solistas
PAULO - Cia. Teatro X
LUIZ CALVO - Cia. Quase Cinema
OSWALDINHO - Cia. Estável de Teatro
SIDNEY NUNES - Dramaturgia



Pautas discutidas:

1- Roda do Fomento como um MOVIMENTO.

Este assunto é tema recorrente na Roda. Há um desejo, expresso nos participantes, de que a Roda assuma-se como MOVIMENTO, devendo ampliar suas articulações e reflexões.
Pensamos que devemos buscar meios de ampliar a participação da categoria teatral.
Só para constar, sempre, a Roda é um movimento democrático e todos estão convidados a participar e se engajar nesta luta por políticas culturais públicas que atendam as necessidades dos grupos e fazedores de um teatro que leve em conta as demandas e urgências do mundo contemporâneo na busca por uma sociedade justa e solidária.

2 - Reunião com a comissão eleita para selecionar os projetos do Fomento em sua primeira edição de 2009.

Na maior parte deste encontro ficamos discutindo e levantando as reivindicações dos grupos em relação às observações que eles desejam que a comissão leve em conta para análise dos projetos, no sentido de preservar os objetivos da Lei de Fomento. Muitas falas consideram que a preocupação com o “formato”, com a “aparência” dos projetos, está fazendo com que o Fomento perca sua essência, deixando de ser uma alternativa de, inclusive, fazer com que a própria maneira de apresentar os projetos, revele o modo mesmo de procedimentos que o grupo ou núcleo utiliza para pensar seu trabalho artístico.

A excessiva burocratização que o edital passou a exigir, já foi uma grande perda no sentido da originalidade da Lei também em relação ao modo de apresentar o projeto.
Foram levantadas as seguintes questões para serem postas à comissão:

- Que, em essência, quando a Lei foi criada, ela nasceu para atender, justamente, grupos de ação continuada, cujos projetos apresentados deverão estar em relação com suas pesquisas e trajetórias;

- Que o orçamento seja avaliado em relação direta com a proposta e não desvinculada da proposição;

- Que os cortes, se realmente necessários, sejam de, no máximo, 10%, e que sejam rateados entre o total dos projetos selecionados;

- Que se a um projeto se exigir corte de 50% de seu valor, este projeto não merece nem ser aprovado;


3 - A necessidade de nos organizarmos para o dia 27 de março é um assunto urgente.

Precisamos nos alinhar aos outros movimentos, como Redemoinho e Movimento de Teatro de Rua, na tentativa de, unidos, ficarmos fortes para uma manifestação pública que envolva atos políticos e bom teatro para a população desta cidade que tanto precisa de poesia, quer dizer, TEATRO!
Foi ressaltado também o fato de começarmos a pensar em nossa participação no PRIMEIRO DE MAIO, como trabalhadores que somos, ao lado das outras tantas categorias.


Próximo encontro na Cooperativa Paulista de Teatro ás 14:00 hs para reunião com a nova comissão do fomento.

Se o artista não se envolver, a História andará devagar.




RODA DO FOMENTO.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ATA DE REUNIÃO DA RODA DO FOMENTO EM 26/01/09

Presentes:

RUDI - Cia. Redimunho
EGLA MONTEIRO - Cia. De Solistas
OSVALDO PINHEIRO - Cia. Estável
RENATA ADRIANA - Cia. Antropofágica
JOSÉ RENATO - Casa da Comédia
NEY PIACENTINI - CPT
LUIZ CALVO - Cia. Quase Cinema
MAURO - (Cariri) Grupo humanos, espaços, tempo.
PEDRO MANTOVANI - Sociedade Baderna de Teatro
PAULO FABIANO - Cia. Teatro X
SIDNEY NUNES


1- Roda do Fomento

1.1- Reflexão sobre a Lei do Fomento.

1.2- Reflexão da roda como Movimento e não como grupo de reflexão sobre a lei.


2- Verificar os eleitos para a comissão.

3- Marcar debate com a comissão para dia 09/02 às 14h na Cooperativa.

4- Para o próximo encontro trazer questionamentos que iremos trocar com a nova comissão.

5- Rudi ( Redimunho ) ficou de fornecer uma lista de todos os vereadores para verificarmos quais os que poderão estar mais receptivos aos nossos interesses.

6- Pensar no Dia 27 de março e trazer propostas, assim como articular de forma conjunta com os Movimentos Teatro de Rua e, Redemoinho.

7- Buscar articular outras categorias para o dia 27, nos organizarmos como trabalhadores de fato.

8- SIDNEY ficou de ir a SMC ver os nomes dos eleitos para a comissão:



Indicados pela SMC:

Isaias do Vale Almada (PRESIDENTE)
Cássio Pires
Carminda Mendes André
Evaristo Martins de Azevedo



Nomes indicados pelas entidades para votação no dia 02 e 03/02/09:

Associação Paulista dos Críticos de Arte

Edgar Olímpio de Souza



Cooperativa Paulista de Teatro:

Gabriela C.Rabelo Amadeu
Luiz Amorim
Tche Vianna



Sindicato dos Artistas e Técnicos – SATED: afael Roso Righini
Karen Domien Mellone
Ingrid Dormien Koudela



Observação:

- A votação se dará em 02 e 03/02 e dia 06 ou 07/02 levarão os projetos para leitura tendo a obrigação de devolvê-los em até 30 dias.

- A SMC pretende se reunir com a comissão entre os dias 10 e o dia 12/02, logo nosso encontro com eles só poderia ser dia 09/02

- O Rubens de Moura pediu demissão e saiu de férias, só se saberá o nome do novo indicado após o dia 09/02.

- A realização de um próximo seminário só poderá ser cogitado para meados de Março, isso depois de sabermos quem será o novo diretor, assim como saber se ele manterá as conversações tiradas com o Rubens.

- A Egla ficou responsável de procurar a carta que lemos para a última comissão do fomento para atualizarmos.



O próximo encontro da RODA será segunda-feira dia 02 de fevereiro de 2009 às 11h na Cooperativa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MANIFESTA FOMENTO

TEXTO DE ABERTURA

ENCONTRO DE GRUPOS FOMENTADOS, NÃO FOMENTADOS E MOVIMENTOS TEATRAIS



A *RODA DO FOMENTO* é um movimento de coletivos teatrais e profissionais da área que ajudam compreender a *LEI DO FOMENTO*, acompanhando prazos , orçamentos, editais e outras leis. É também sua atribuição o estudo desta lei com o objetivo de aperfeiçoá-la e ampliá-la. Herdamos esta luta de outro movimento, o *ARTE CONTRA A BARBÁRIE*, que através da luta foi o responsável pela construção da referida lei.

Cumprindo, então, essas atribuições de ser um movimento de coletivos que ajudam a gerir a *LEI DO FOMENTO*, a *RODA* identificou a sobra de recursos referentes à última edição do fomento. Diante disso e sabendo que o dinheiro que não é utilizado retorna aos cofres públicos, o movimento apresentou à Secretaria Municipal de Cultura uma relação de propostas que poderiam ser realizadas com a sobra desses recursos, afinal não podíamos aceitar que um dinheiro tão precioso e conquistado com tanta luta retornasse aos cofres públicos, com tanta coisa precisando ser feita.

A Secretaria não conseguiu nos dar uma resposta em tempo hábil. Ainda estávamos esperando uma posição, quando o diretor da secretaria de cultura Sr. Rubens de Moura procurou a *RODA* para comunicar que havia verba para realização de um seminário ainda neste mês de dezembro. A *RODA*, entendeu que era impossível articular o seminário, pois não havia ninguém com disponibilidade de assumi-lo. Outro motivo também considerado foi o fato de muitos grupos estarem promovendo atividades com esse formato em seus espaços, que coincidiriam com a agenda proposta pela Secretaria.

Em reunião, a *RODA* propôs, então, para o Sr. Rubens de Moura, promover um encontro entre os grupos fomentados, grupos não fomentados e os movimentos teatrais, para partilharem, junto com a Secretaria, as experiências de 2008 e, ao mesmo tempo, iniciarem um diálogo na tentativa de construir ações de interesse comum para o ano de 2009, já que constatamos que muitos dos grupos não fazem idéia das práticas que ocorrem entre si.

Ao propor à Secretaria esta possibilidade de encontro entre fomentados, não fomentados e demais movimentos teatrais, a *RODA *apenas explicitou um desejo, colocado de forma recorrente em várias de suas reuniões por grande parte dos coletivos que passaram por ela, de abertura de um espaço propício para integração e reflexão, onde pudéssemos exercitar um olhar crítico sobre o nosso discurso e a nossa práxis, sob a perspectiva de um ponto de vista artístico/político, visando compartilhar experiências, desenvolver idéias, levantar bandeiras conjuntas e construir estratégias capazes de nos fazerem avançar nesta luta pela construção de políticas públicas que assegurem o
financiamento a um teatro que leve em conta a população da cidade e o acesso democrático a ele.

Dando continuidade ao seu trabalho, a *RODA* pensa em propor para o ano de 2009:

- Criação de uma nova lei para manutenção dos núcleos estáveis;

- Criação de uma nova lei para circulação.

- Um fanzine (veículo) que possibilite informes da *RODA* e de outros
movimentos;

- Articulação da categoria para o dia 27 de Março;

- A participação em bloco dos trabalhadores de teatro, que é como nos enxergamos, nos movimentos de 1° de maio, entre outros movimentos;

- O investimento na politização da categoria para que possamos levantar bandeiras capazes de transformar as necessidades culturais do país.

Importante lembrar, sempre, que a *RODA* é um espaço aberto para todos aqueles que acreditam que só a luta política é capaz de mudar a História e nos tornar sujeitos dela. Não é necessário lembrar que exclusão econômica que vivemos hoje é uma das maiores ditaduras camufladas.

E para finalizar, lembramos o trecho de uma canção de Geraldo Vandré, muito conhecida daqueles que viveram os anos de chumbo impostos pela ditadura militar, que bem nos poderia servir de inspiração, nestes tempos de gente tão descrente em relação à participação política, como forma de transformar o mundo:


"*QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER!" *

Obrigado.

RODA DO FOMENTO